As 2,1 mil escolas da rede estadual de ensino do Estado devem encaminhar até 19 de junho aos Núcleos Regionais de Educação (NREs) os calendários de reposição das aulas para que sejam homologados. O prazo faz parte do acordo firmado entre a Secretaria de Estado da Educação do Paraná e o sindicato que representa os professores estaduais para o encerramento da greve.
As escolas que não aderiram à paralisação terminam o ano letivo em 23 de dezembro, conforme o calendário que já havia sido refeito devido à primeira greve. As que pararam nesta segunda mobilização terão que repor os conteúdos até fevereiro de 2016. Em alguns casos, comprometendo o recesso de julho do próximo ano.
“No ano que vem teremos duas situações de calendários escolares. Um para as escolas que estarão iniciando o ano normalmente e outro para as unidades que precisarão ainda encerrar o ano letivo de 2015”, explicou a secretária da Educação, professora Ana Seres. Ela reforça que todos os estudantes terão os 200 dias letivos e 800 horas de aulas garantidos. “É um direito dos alunos que deve ser preservado”, disse.
AGRADECIMENTO – Superado o período de paralisação, Ana Seres agradeceu aos professores e funcionários que trabalharam durante a greve e aos chefes de Núcleo. A professora também agradeceu ao governador Beto Richa e aos deputados estaduais pelo apoio à Educação neste momento. “Sou muito grata pelo empenho de todos”, disse.
ENEM – As principais preocupações dos alunos do 3.º ano do ensino médio que retornaram às aulas nesta quarta-feira (10) são as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e os vestibulares do final do ano. Em todo Paraná, são cerca de 100 mil alunos finalizando o 3.º ano.
“Já estava corrido devido à primeira paralisação e agora ficou mais difícil ainda. Vai ser mais complicado acompanhar todo o conteúdo. Os professores têm o direito de greve, mas quem saiu mais prejudicado com a paralisação fomos nós, os alunos”, avalia a aluna Prisciane Barbosa Ribeiro, de 16 anos.
Segundo o estudante Vinicius Silva Pinheiro de Jesus, de 18 anos, vai levar um tempo para que os alunos retomem o ritmo de estudos. “Vai ser mais corrido e difícil acompanhar, principalmente para quem trabalha e estuda”, lamenta. (Fonte: Agência Estadual de Notícias)