O presidente da AMP (Associação Municípios do Paraná) e prefeito de Nova Olímpia, Luiz Lázaro Sorvos, pediu agilidade dos Governo Federal e Estadual na liberação de recursos para os setenta municípios atingidos pelas fortes chuvas desde a quinta-feira passada (dia 5). Ele espera que a União e o Estado aloquem recursos para resolver a situação. A AMP disponibiliza modelo de requerimento (clique aqui), com orientações a respeito de como os municípios podem pedir decretação de Estado de Emergência. Em caso de dúvida, os prefeitos podem contatar com a advogada da AMP, Francine Frederico.
“Os órgãos estaduais estão se mexendo, providenciando barracas, roupas e alimentação. Esperamos que o Governo Federal também se posicione imediatamente diante desta situação. A experiência de tempestades anteriores nos deixa muito preocupados porque a história mostra lentidão do Estado nas respostas que estas situações requerem”, comentou. Para Sorvos, neste momento, “não há espaço para burocracia”. Ele acha que os municípios precisam de atitudes urgentes das autoridades.
“O Governo do Estado tem visitado diversas regiões e decretou situação de emergência em 77 Municípios atingidos. Observamos o noticiário, que dá conta de que o Ministério da Integração Nacional disponibilizou recursos emergências. Mas, sem medo de errar, as demandas de recursos são enormes para a normalização da vida e a conseqüente recuperação dos danos causados. Neste momento, precisamos ter um pouco do espírito japonês que, diante dos efeitos de um tsunami, em menos de seis meses restabeleceu a normalidade na região de Fukushima.
Para o presidente da AMP, a situação é bastante preocupante. “As chuvas foram intensas aqui, e tem muitas regiões ilhadas”, disse. Informações da Polícia Rodoviária Federal são de que existem 51 pontos de interdição, e a rodovia mais atingida foi a BR-277, que liga o Porto de Paranaguá a Foz do Iguaçu, com dez pontos de interdição. No entanto, Sorvos destacou ainda: “O Rio Ivaí está fora do leito e passando por cima das pontes. Os governos estadual e federal terão que entrar em ação imediatamente”, disse.
Balanço
Milhares de pessoas desalojadas e desabrigas, além de nove mortes. Estes são alguns dos registros de diversos Municípios do Paraná e de Santa Catarina nos últimos cinco dias. Boletins da Defesa Civil dos Estados indicam que alagamentos, deslizamentos de terras, enxurradas e inundações causaram algum tipo de impacto em 71 Municípios paranaenses, desde quinta-feira passada, 5 de junho, e em 27 Municípios catarinenses, nos dias 7 e 8.
No Paraná, são 48.208 pessoas atingidas, foram registradas nove mortes, mais de 2 mil pessoas estão desabrigadas e 3,6 mil desalojadas. Os números ainda não estão fechados, as equipes dos Corpos de Bombeiros Militar e da Defesa Civil estadual e municipal ainda promovem ações de busca e resgates das vítimas. Até o momento, há registro mortes em Sulina, Laranjeiras do Sul, Campina do Simão, Guaraniaçu, Quedas do Iguaçu, duas em Medianeira e três em Guarapuava. Além disso, a morte de um homem em Curitiba na manhã de sábado não foi incluída nos laudos.
Balanços da Coordenadoria estadual de Proteção e Defesa Civil do Paraná contabilizam 55.659 pessoas afetadas diretamente pelas consequências da chuva. São mais 6.380 residências danificadas, e há dificuldades no fornecimento de abastecimento de água, energia elétrica, transportes e telefonia. (Fonte: AMP com CNM)
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