Os prejuízos com as fortes chuvas e os tornados na região Sul nos últimos dias chegaram a R$ 335,4 milhões e o número de Municípios que decretaram situação de anormalidade subiu de 16 para 43 de segunda-feira, 10 de novembro, até esta quarta-feira, 12. As informações foram levantadas pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) com base em dados divulgados pela Defesa Civil. A cidade paranaense de Rio Bonito do Sul continua sendo a mais afetada, com registo de seis óbitos em decorrência dos fenômenos naturais.

A situação na região Sul foi agravada desde o final de semana passado com a passagem de tornados acompanhados por temporais, granizo e vendavais que resultaram em vários prejuízos para os Municípios. Até esta quarta-feira, foram 4.715 casas danificadas ou destruídas, com impacto dos prejuízos de R$ 84,2 milhões somente no setor habitacional.

Ao todo, 23,3 mil pessoas foram afetadas em toda região, com mais 4,7 mil desalojadas e 68 desabrigadas. A CNM reforça a possibilidade de alteração dos números com a atualização diária das informações pelos Municípios. Os órgãos competentes permanecem in loco realizando ações de resposta ao desastre e também avaliando os danos e prejuízos causados.

Paraná
O Estado foi o mais atingido pelos fenômenos, sendo 96,4% do total desses prejuízos, que já chegam a R$ 323,5 milhões. Inicialmente, apenas o Município de Rio Bonito do Iguaçu decretou estado de calamidade pública e solicitou reconhecimento federal. Com a nova atualização, mais 15 Municípios decretaram a anormalidade. São eles: Alto Piquiri, Bom Sucesso, Borrazópolis, Califórnia, Cambira, Cruzeiro do Iguaçu, Leópolis, Marialva, Miraselva, Nova Aurora, Planalto, Porto Barreiro, Quarto Centenário, Quinta do Sol e Santa Helena.

Rio Bonito do Sul
A situação de Rio Bonito do Iguaçu (PR), Município mais castigado, permanece bem problemática, porém sem alterações nos dados. Na segunda, foram contabilizados prejuízos de R$ 114,5 milhões, representando 34,1% do total geral em prejuízos, sendo 1.500 danificadas e ou destruídas e mais de 80% da população de 13,6 mil habitantes afetada. Infelizmente, seis pessoas faleceram em decorrência do desastre. Destaca-se que o cenário atual vivenciado pelo Município dificulta a contabilização dos danos, que ocorreram de modo generalizado na localidade.

Santa Catarina

Os prejuízos no Estado chegaram a 3,6% do total, com o maior número de Municípios em situação de anormalidade, subindo de 13 para 22 Municípios que decretaram situação de emergência. São eles: Araranguá, Campo Alegre, Campo Erê, Capivari de Baixo, Chapecó, Dionísio Cerqueira, Ermo, Faxinal dos Guedes, Forquilhinha, Guarujá do Sul, Içara, Jaguaruna, Nova Veneza, Pescaria Brava, Rio Negrinho, Rio Rufino, Sangão, Saudades, Três Barras, Turvo, Urussanga e Xanxerê.

Rio Grande do Sul
O Estado ainda não informou os danos e os prejuízos causados, permanecendo sem alterações, com os Municípios de Eldorado Sul e Erechim em situação de emergência.

Atuação conjunta
A Confederação ainda informa que as Coordenadorias Estaduais de Proteção e Defesa Civil do Paraná e Santa Catarina, em conjunto com o Corpo de Bombeiros, defesas civis municipais, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), as polícias militares e outros órgãos estão executando ações de resposta às ocorrências causadas pelos temporais. Entre as ações estão o auxílio aos Municípios afetados na realização do levantamento dos danos e prejuízos causados.

Orientações da CNM
A CNM reforça a sua solidariedade aos Municípios afetados e acompanha de perto os efeitos negativos causados pelo excesso de chuvas. Nesse contexto, destaca algumas orientações a serem seguidas por todos os gestores que em situações de anormalidade necessitem solicitar recursos financeiros à União para execução de obras emergenciais de recuperação e reconstrução das áreas destruídas e danificadas pelas chuvas. Saiba mais abaixo:

Acionar as Defesas Civis estadual e federal para assistência e decretação da anormalidade;

• Solicitar reconhecimento federal via S2iD, incluindo o plano de trabalho para recursos;
• Preencher o FIDE e anexar;
• Relatório fotográfico e coordenadas geográficas;
• Laudo técnico da Defesa Civil municipal;
• Decreto municipal de emergência ou calamidade;
• Ofício de solicitação de reconhecimento.

Com base nas informações enviadas, a Defesa Civil Nacional avalia e, se aprovadas, publica portaria no Diário Oficial da União (DOU) com o valor a ser liberado.

Foto: EBC

Fonte: Agência CNM.