A maior incidência de chuva, de acúmulo de água e de calor, comuns do verão brasileiro, intensifica a proliferação do Aedes Aegypti em todo o país. Soma-se a isso, o recorde de mortes dos últimos meses e a previsão de mais pessoas doentes em 2025. Para evitar novos óbitos e/ou colapso da rede de saúde, por dengue e também por outras doenças transmitidas pelo mosquito, a palavra é prevenção. E a Confederação Nacional de Municípios (CNM) orienta os gestores municipais para esse enfrentamento.
O presidente da entidade, Paulo Ziulkoski, recomenda ações educativas, de conscientização e de combate aos focos de acúmulo de água, com envolvimento dos órgãos públicos, das entidades privadas e da comunidade. Os técnicos da área técnica da Saúde da Confederação destacam que o controle da dengue, assim como o de outras doenças de caráter epidêmico, exige um esforço de todos, inclusive dos profissionais de saúde, dos gestores e da população. E a Atenção Primária à Saúde (APS) é essencial para esse enfrentamento.
Até julho passado, só a dengue, matou mais de 4,2 mil pessoas e foram mais de 6,2 milhões de casos prováveis. Outro agravante é que o mosquito também transmite zika, chikungunya, febre amarela e febre oropouche (FO), associada à malformação fetal. Diante disso, a CNM reforça a necessidade de uma comunicação clara e acessível para informar a população, constantemente, sobre os riscos das doenças e as medidas preventivas. A dica nesse aspecto é contar com o apoio dos canais locais, como rádios comunitárias, redes sociais, parceiros e a imprensa.
Os especialistas da entidade orientam ainda os gestores municipais a intensificar as ações de vigilância ambiental para reduzir a infestação do vetor (Aedes aegypti); e manter as medidas de vigilância epidemiológica, com o registro de todos os casos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e o manejo clínico precoce dos casos suspeitos. É fundamental sinalizar também a necessidade de recursos humanos e financeiros extras para lidar com o cenário atípico no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS).
Como fazer?
A CNM aponta quais caminhos podem ser seguidos para que todos os Municípios entrem na guerra contra o Aedes Aegypti. De imediato, os gestores podem promover ações conjuntas e articuladas, para evitar e eliminar os criadouros de mosquitos que transmitem doenças, envolvendo áreas de atuação do poder público municipal – educação, infraestrutura, assistência social, meio ambiente, limpeza urbana, finanças e saúde. A atuação efetiva de controle de vetores também pode contar com as seguintes medidas:
Da Agência CNM de Notícias
Foto: Gov. GO/ Marco Monteiro